segunda-feira, 11 de julho de 2011

AGORA É OFICIAL! Vou continuar no Mackenzie!!

Segunda-feira, 11 de Julho de 2011.

A fila do banco estava assustadora! Muitas pessoas se afastaram dali, certas de que iriam enfrentar momentos de tédio, sem um bom motivo para ficar em pé sofrendo com as circunstâncias de uma burocracia qualquer.
O que levou aquelas pessoas ao banco não era tão importante, talvez. Quem sabe fosse algo entre banal e natural, algo comum ou simplesmente uma obrigação a cumprir.

Observando o ambiente que me cercava, tinha certeza de que o incontido sorriso que me escapava de poucos em poucos minutos não era familiar para a severidade do banco. Não estava ali somente com um espírito singular, diferente dos demais, mas também estava com uma folha de pagamento bastante específica. Enquanto os outros carregavam folhas cumpridas, cheias de números e descrições de débitos, meu boleto de pagamento trazia uma inscrição particular:
De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus
A frase não fez sentido nenhum para mim naquele momento, mas me motivou a pesquisar mais sobre o contexto em que estaria envolvida. Eis que chego a Romanos 14:11-12 e vejo "Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus."

Aí finalmente entendi um pouco do que dizia o meu boleto de pagamento. Ali estava registrado algo que eu deveria lembrar para sempre. Ali foram impressas as palavras de esperança que recoloriram o cenário cinzento que vivi, o qual foi parcialmente narrado através desse blog. Ali estavam as palavras síntese do que significou ter a chance de pagar um boleto como aquele.

Foi pelo Senhor que conquistou-se essa vitória. E com as mãos no "prêmio" - a chance de continuar estudando na Universidade Mackenzie -, sinto também os 1 406 corações que bateram forte junto a minha causa (número correspondente à quantidade de participantes do evento Quero Continuar no Mackenzie, confome 11/07).

Quem já viveu algo como eu, seja em proporção maior ou menor, pode compreender exatamente o que representa a linguagem de dobrar-se de joelhos. Diante do que era inconcebível, difícil, daquilo que contrariava a lógica na qual nosso mundo opera, a gratidão ganha expressão corporal. Unindo alegria e surpresa, ansiedade e alívio, tudo o que somos se inclina, se desmonta, se entrega, se arrepia. Nossos ossos admitem que lhes sobreveio o inexplicável, reforçando sua impotência na mesma proporção que lhe concede um presente incomparável.

Foto: Michelle Heymann
E então nos curvamos ao Invisível.
Eis um convite pessoal à fé. Eis um chamado específico a abandonar a si mesmo e prosseguir neste caminho que contraria a ordem natural das coisas à medida que nos apresenta à vida em plenitude.


Eis que surge força para afirmar em alto e bom som: EU VOU CONTINUAR NO MACKENZIE!



Obrigada a Deus e a todos aqueles que se permitiram envolver nessa luta.

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